O México está em alta e com ele, Frida Kahlo, sua personagem feminina mais famosa e polêmica, que marcou a arte e a moda com seu estilo forte e indumentária única. O que poucos sabem, é que o estilo de Frida, tão famoso por suas flores na cabeça, foi construído à base de muito sofrimento.
Frida só usava saias longas e calças já que em 1913, quando tinha seis anos, ela contraiu poliomielite, o que deixou uma lesão em seu pé direito. Ao tentar esconder sua lesão, se apegou às extravagantes saias longas que se tornaram sua marca.
Aos 18 anos, Frida sofreu um grave acidente em um bonde que se chocou com um trem. O pára-choque de um dos veículos perfurou-lhe as costas, atravessou sua pélvis e saiu pela vagina, causando uma grave hemorragia. Frida ficou muitos meses entre a vida e a morte no hospital, teve que operar diversas partes e reconstruir por inteiro seu corpo, que estava todo perfurado. Tal acidente obrigou-a a usar seus famosos coletes, que na verdade são ortopédicos e não estéticos. Ela chegou a pintar alguns desses coletes (como o colete de gesso da tela intitulada A Coluna Partida').
Aliás, foi esse acidente que levou Frida à caminho da pintura. Embora seu pai fosse pintor, a menina não demonstrava o menor interesse pela arte. Quando se viu presa à uma cama, pediu ao seu pai que montasse uma estrutura para que ela pudesse pintar, e foi aí que começou a passar para os quadros toda a sua dor e angústia.
Mas as dores de Frida não param por aí. Em seu casamento com Diego Rivera, nunca conseguiu ter filhos por conta dos acidentes que sofreu. Além disso, ela descobriu que Diego e sua irmã mais nova tiveram um caso por anos quando os pegou no flagra na cama. Para piorar, Diego acabou se casando com sua irmã, com quem teve seis filhos.
Após muitos anos, Frida e Diego se reencontram no amor e se casam pela segunda vez, mas com os mesmos sentimentos tumultuosos de sempre.
Frida morreu em 1954, com uma embolia pulmonar, e deixa escrito: "Espero que minha partida seja feliz, e espero nunca mais regressar - Frida"
Embora tenha tido uma vida de sofrimento, Frida marcou a história mundial com suas pinturas e seu estilo. Já foi homenageada por diversos museus pelo mundo, e por diversos estilistas, entre eles Valentino Garavani que fez toda uma coleção inspirada na artista mexicana.
Agora Frida está de volta, assinalando diversas coleções, entre elas, a Viva la Vida, da designer Gabriela Pires. Demarcando o território mexicano, Gabriela se apropria das cores verde e laranja, traz as flores de Frida e investe no design asteca, grupo étnico que deu origem à civilização do México.
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